A “indiezada” toda reunida no Terra

E sábado, dia 20/11, aconteceu o – com ingressos esgotados desde setembro – Planeta Terra, no Playcenter. Vou fazer um Post um pouco diferente, vou tentar falar das vantagens e desvantagens de cada ponto do festival. E bem, não necessariamente eu vou falar de tudo, afinal, eu não consegui ver todos os shows né…

CHEGAR CEDO:

Vantagem: Como o show foi no Playcenter, eu consegui brincar em todos os brinquedos – eu disse todos – que eu queria ir, já que não pegamos muita fila. Deu pra ver todos os stands (e por falar nisso, a HP mandou muito bem imprimindo as fotos da galera na hora. As únicas fotos que tenho do show são as que imprimi no stand deles). Além disso consegui usar o banheiro num estado limpinho ainda, hehe.

Desvantagem: Lá pelas 18H (um pouco antes de começar os shows que eu queria ver) eu já estava com o pé fudidasso. Por mais que eu estivesse de all-star, ficar correndo de um lado pro outro é foda né. Além disso eu já tava suada, com o cabelo estragado por conta da água daquele splash gigante, enquanto quem chegou depois das 18H ainda estava toda linda.

IR COM UMA GALERA GRANDE:

Vantagem: Nos brinquedos a gente conseguia dominar uma boa parte – vide a ida histórica ao carrinho de bate-bate que resultou em alguns roxos em alguns dos participantes – e isso fazia a coisa ficar muito mais divertida. Além disso, na hora dos shows era muito bom curtir com a galera toda e olhar pro lado e se ver rodeada de gente que você conhece e que quer curtir o show tanto quando você!

Desvantagem: O foda é tentar manter todo mundo junto. Sempre tem alguém que não quer ver algum show ou que quer ir ao banheiro, ou que não quer ir a algum brinquedo. E ah, ai fica chato né. Por exemplo, eu perdi o show do Of Montreal, pois nenhum dos meus amigos queria ir. E se eu fosse sozinha eu ia acabar me perdendo, certeza.

INGRESSOS ESGOTADOS DESDE SETEMBRO

Vantagem: Me deixou com muito mais vontade de ir e curtir os shows desde o começo.

Desvantagem: Sei de gente que gastou uma bica de dinheiros pra conseguir entrar (e por “uma bica de dinheiros” entenda que a pessoa gastou entre 3 a 4X mais que eu pra comprar o ingresso – e olha que eu paguei mais de 100 dinheiros).

ÁREA VIP NA LATERAL DO PALCO, NÃO NA FRENTE

Vantagem: Eu achei isso do caralho. Grade é lugar de fã, não de quem é famoso/sub celeb/ sortudo/rico.  Pontos pra organização do Festival e que continuem pensando assim.

Desvantagem: Pra mim não teve nenhuma, afinal eu fiquei no povão mesmo! Quem tava na parte VIP que se fudeu, tinha que espichar o pescoço pra ver alguma coisa, já que eles não estavam perto do palco. HAHAHA SDE FUDERAM!

SHOWS EM PALCOS DIFERENTES E EM HORÁRIOS QUE BATIAM:

Vantagem: Acabou por selecionar o público, ficou vendo o show, lá na frente, quem realmente gostava da banda.

Desvantagem: Quem queria ver o máximo de shows que desse, teve que correr de um lado pro outro. E olha, MUITA gente fez isso. Então o acesso pra cada show, nos horários críticos, ficou meio complicado.

SHOW DO MIKA:

Vantagem: Cara, eu não achei que o show dele fosse ser tão bacana quanto foi. Como aqui no Terra era o último show dessa turnê dele, ele tava empolgado pra caralho e  agalera se empolgou junto. Na 1ª. Música ele fez umas poses que fizeram jus aos comentários dele lembrar o Freddie Mercury. Projeções, gente fantasiada, uma perna de mulher gigante e inflável, piano combinando com o cenário e outras coisas mais fizeram do show um espetáculo. Ele fez um show pra quem gosta, não necessariamente pra quem é fã. Sei de gente que não gosta dele, mas que curtiu pra caralho o show. Iria fácil em outro show dele.

Desvantagem: Como o show dele era o antes do Phoenix, tinha uma galera lá que já tava esperando-os, e acabaram por só fazer volume. E ah, faltou ele tocar “kick-ass”, mas tá valendo…

SHOW DO PASSION PIT:

Vantagem: E para minha surpresa, os caras soam muito bem ao vivo. Ok, só vi umas 3, 4 músicas (o show foi em um palco diferente do Phoenix e só deu pra curtir uns 30 min…) mas o que eu vi já valeu muito a pena. O vocalista parecia que ia ter um troço no meio do palco. Fiquei com vontade de ver um show só dos caras agora, sem nenhum outro muito foda depois. E a camiseta deles que o Festival tava vendendo era linda!

Desvantagem: Como o show foi num palco diferente dos “grandes shows” e bem no horário entre o show do Mika e do Phoenix, muita gente não conseguiu ver nada. E quando eu consegui chegar na área do palco Indie, muita gente começou a se mexer pra ir pro show do Phoenix e você tinha que ficar desviando e dando passagem pra essa galera. Uma pena terem colocado o show deles bem nesse horário antes do Phoenix, pena mesmo.

SHOW DO PHOENIX:

Vantagem: O show foi lindo. Começaram com Liztomania (como todos os shows dessa turnê) e a galera já foi à loucura! Eles tocaram tudo que eu queria ouvir e mais até. Assim como o do Mika, por ser o último show dessa turnê os caras piraram com a galera. Saí do show gostando muito mais dos caras. E como eles são franceses, coisa mais linda eles fazendo a clássica contagem “1, 2, 3, 4” antes de começar uma música em francês; muito amor! E além do show ser fantástico, o vocalista, o Thomas Mars, se tacou na galera e foi carregado, sei lá, uns belos 10 metros até uma plataforma mais alta no meio da galera. Todo mundo foi a loucura nessa hora, fantástico. Pulei, cantei, gritei, dancei, curti com meus amigos. Foi lindo!

Desvantagem: Muita gente tava esperando o Daft Punk (e eu sou uma dessas idiotas) e é, eles não apareceram. E na hora que o Thomas pulou na galera praticamente todos meus amigos conseguiram encostar no cara e ajudar a carrega-lo, MENOS essa que vos fala, claro.

SHOW DO HOT CHIP

Vantagem: Parecia que eu tava na pista de alguma balada que eu costumo frequentar. Muita gente bonita, muita gente pirando, muita gente pulando. Assim, como o show do Passion Pit, não consegui ver tudo, mas foi divertido.

Desvantagem: Eu já estava morta de tanto correr de um show pro outro, de tanto brincar e de tanto pular (e por morta, entenda que eu não colocava nenhuma gota de algo líquido na boca desde umas 18H, e já deviam ser quase 00H). Então, eu e uma das minhas queridas amigas resolvemos cair na besteira de ir pegar uma bebida. Quase tudo que vi desse show, eu vi da fila do bar, hehe. E olha, os caras são muito paradões no palco, não curti muito isso.

SHOW DO SMASHING PUMPKINS

Vantagem: O show foi lindo, emocionante e tudo que eu achei que seria. O Billy não é o cara mais carismático do mundo, mas deu pra ver que ele tentou ao máximo ser simpático. O show foi quase que uma síntese da minha infância – eu tenho na memória algumas cenas do meu irmão jogando Doom no pc e ouvindo Smashing – e foi fenomenal. Eu curti horrores, pulei, cantei, empurrei gente pra conseguir chegar mais perto, chorei no Tonight Tonight, pirei nas luzinhas brilhantes do palco, fui pra outra dimensão galáctica com Today e muito mais. Os caras soaram como eu achei que fosse ser, a voz do Billy é inconfundível e eu não sei como ele não morreu de calor, vestido todo de preto.  Uma hora o baterista – que me disseram ter só 19 anos – começou a solar e cara, foi do caralho. Um moleque botando toda aquela galera (acho que foi o show mais cheio) pra pater palmo no alto enquanto ele solava. Rolou até um momento a lá Jimmy Hendrix do Billy, solando com os dentes e mandando o começo do Hino dos Eua. Eles tocaram clássicos, claro – Today, Ava adore, Bullet whit butterfly wings – mas achei bacana eles não ficarem parados nisso e terem tocado outras músicas, não só os clássicos. Acho que foi o show mais longo do festival, o mais lotado, e o que mais tinha gente chorando. Quem é fã, ou realmente gosta muito, curtiu bastante o show.

Desvantagem: Foi um show pra quem gosta muito ou é fã. Quem conhecia só clássicos não gostou muito e saiu até com uma impressão ruim do show deles. Eles tocaram os clássicos (tá , eu sei que isso é bom), mas ficou faltando dois – e uma das que eu mais queria ouvir: Disarm e 1979. Lá pela metade do show, uma galera começou a sair e, assim como no show do Passion Pit, quem tava afim de ver o show teve que ficar desviando e dando passagem pra essa galera. Mas olha, isso foi uma coisa boa até, já que eu não tive que empurrar tanta gente quanto eu pensei que teria pra conseguir chegar um pouco mais perto.

FATOS INTERESSANTEMENTE IDIOTAS  – ou pelo menos que eu achei:

– Eu achei que seria a maior concentração de pessoas vestidas de xadrez por m² na face d aterra. Mas na verdade foi a maior concentração de pessoas com aquela camiseta preta  com a estrela e o ZERO do Smashing. Além disso tinha muita gente com camiseta do Joy Division e dos Ramones.

– Tinha muita gente com câmera fotográfica analógica, e muita gente com alguma Lomo.

– Eu sai numa foto no site do Terra, com duas amigas minhas dentro de um brinquedo:

– Da pra ver os shows em HD no Site do Terra, confere lá!

SALDO FINAL DO FESTIVAL:

Meu dinheiro foi muito bem gasto, os shows começaram nos horários certos, a estrutura foi muito bacana. Eu curto horrores com meus amigos. Não deu pra ver tudo que eu queria, paciência né. Se ano que vem rolar o Terra, eu volto fácil. Mas, por favor, arrumem outro patrocinador de cerveja, só ter a opção de tomar Devassa foi complicado… Os shows foram todos muito bons, mas nenhum quebrou o do AC/DC ainda.

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